segunda-feira, 11 de março de 2019

The Umbrella Academy - 1ª Temporada | crítica





          Então vamos fazer uma série onde um alienígena adota sete crianças nascidas no mesmo dia de mulheres que não estavam grávidas para estudá-las e montar com elas uma superequipe de heróis e combater o mal. Que tal? Se dá para melhorar? Claro! São uma família, e não uma equipe, com toda uma dinâmica familiar e levados até o limite por essa proposta absurda de seu pai adotivo. Pronto! E sabe do que mais? A NETFLIX não só fez o seriado, mas o fez muito bem. É tão interessante que é considerado por muita gente como um dos melhores seriados de heróis. E não é da DC nem da Marvel/Disney!
          Baseado na revista em quadrinhos de mesmo nome (e desenhada pelos gêmeos paulistas Gerard Way e Gabriel Bá), The Umbrella Academy joga muito bem com seus inusitados personagens. É interessante como as situações vão se sucedendo entre birras, brigas e desentendimentos mil dos "irmãos" enquanto o fim do mundo está para acontecer! Entre mistérios, vamos conhecendo esse mundo por meio dos confrontos entre as versões adultas dos protagonistas e flashbacks de seu passado como crianças "prodígio" em luta contra o mal.
          Um tempero bem vindo à trama é a dupla de assassinos da organização Temps Aeternalis que usam máscaras de bichinhos coloridos Hazel e Cha-Cha. Eles não são tão sanguinários quanto no gibi, mas estão no tom certo para o seriado. Sua missão é eliminar qualquer um que ameace a cronologia temporal correta. E eles eliminam mesmo, fria e tranquilamente entre uma rosquinha e outra.
          Para quem perdeu todas as séries do universo Marvel que foram canceladas na NETFLIX, é uma excelente pedida. É um seriado com cargas de mistério, humor, violência e suspense que faz o favor de não se levar tão a sério. Afinal, temos Pogo, o chimpanzé inteligente mordomo da casa, um menino de mais de 40 anos, um cara com tronco de macaco e uma moça que transforma boatos em realidade. Só vendo para entender!
          É muito bom! Acima da média! Vai levar 4.5 de 5!

Capitã Marvel | Crítica



          E saiu o filme da quase desconhecida Capitã Marvel. Depois de uma promessa nas redes sociais e até da propaganda do filme como um marco lacrador feminista, o que a Marvel nos entregou foi mais um filme que segue a sua fórmula básica (e de sucesso) de apresentar um herói. Para quem é da era "antiga" do gibi (antes do Ultimate), já aviso que não encontrará a Miss Marvel (aquela que vivia na sombra do verdadeiro Mar-Vell Capitão Marvel,  foi abduzida por um ser de outra dimensão que a engravidou à força - juro que isso saiu nos quadrinhos - e assim nasceu como Marcus em nossa dimensão, "passou" os poderes pra Vampira e se tornou a Binária), felizmente! Não, a Carol Danvers do filme torna-se Kree (está no trailer) e recebe os poderes de uma forma que funcionou bem com o Universo Marvel do cinema.
          Tem militância? Bom, temos referências sim, mas nada acima do filme da Mulher Maravilha. Temos também referências à situação política atual, como os refugiados na Europa, Palestina x Israel, guerra etc como os demais filmes da Marvel. Agora, os personagens estão bem e a Capitã Marvel tem defeitos, vulnerabilidades e é um ser humano. Aliás, se a DC aprendesse com esse filme, lançaria uma obra muito superior ao que foi o filme do Superman. Em termos de seriedade, é um filme muito mais na pegada do Capitão América do que dos Guardiões da Galáxia.
          Tem uma virada na trama que vai dar uma engasgada em quem conhece os personagens alienígenas da Marvel, mas aí é spoiler. Não gostei muito do Nick Fury, pois gosto dele como o ex-militar mal humorado, mas o rejuvenescimento dele e demais efeitos especiais estão fantásticos.
          É um bom filme e apresenta uma personagem incrível. Que Thanos se prepare para enfrentá-la em abril em Vingadores Ultimato. Nota 4 de 5 e ficou difícil para o filme do Shazan! superar.