domingo, 17 de fevereiro de 2019

Uma Aventura LEGO 2 | Crítica



          Sim, é um filme para levar as crianças. Assim como no primeiro, temos uma boa mensagem, músicas alegres (chicletes) e piadas leves a granel. Mas também assim como no primeiro, temos boas e irreverentes piadas dedicadas ao público adulto com muitas referências a filmes clássicos e contemporâneos. Ah, e temos o Batman LEGO! Pra mim, isso já vale o ingresso.


          A trama inicia-se em um cenário do Mad Max onde nada mais é incrível. A não ser para Emmet, protagonista da primeira animação que continua o mesmo ouvindo o tema da animação original. Sua insistência em trazer o mundo multicolorido de volta é que chama a atenção de alienígenas. Estes abduzem seus amigos e Emmet se vê forçado a transformar sua casa em uma nave espacial e ir resgatá-los. Não gostou da trama? Cara, é LEGO. É um convite a tirar os pés no chão e rir da gatinha que vira gato guerreiro, do avião da mulher-maravilha que também não aparece nesse filme (continua invisível), de ver o personagem dublado pelo Chris Pratt rodeado por velociraptors em uma nave em forma de punho fechado, ver a DeLorean e a Tardis na mesma cena, uma referência ao Aquaman original (o loiro) e tentar impedir as crianças de jogarem pipoca entre si.


          Se gostou do primeiro, vai gostar do segundo. Está muito bom. Se achou o primeiro infantil e alegre demais, pode continuar mal amado pensando no terrível destino da humanidade 😂. Filme bom (ou animação animada?), nota 3 de 5.

Alita | Crítica


          E temos James Cameron de volta ao cinema! Sim, mesmo com o diretor sendo na verdade Robert Rodriguez, fui com as expectativas nas alturas ver o filme e isso sempre atrapalha. Alita vem do MANGA, mas não farei comparações, tratando o filme pela obra que é. E, bom, Alita entrega uma verdadeira obra de arte visual. A protagonista ganha a simpatia do público muito rápido com sua coragem, juventude e carisma pouco importando se foi criada em CGI. As cenas de luta são impecáveis, inovadoras e emocionantes, sendo um dos pontos altos do filme. Aliás, tudo que se refere à protagonista ficou muito acima da média. Alita é muito humana, talvez a única personagem humana em cena. E é em torno disso que ficam os pontos fracos da obra.


          A trama movimentada e envolvente apresenta a ciborgue (o cérebro de Alita é humano) protagonista sendo encontrada em um ferro-velho (um lixão) sem memórias por um engenheiro-mecânico-cientista que repara seus danos, lhe dando uma segunda vida. E aí acompanhamos a trajetória da jovem até se tornar o "Anjo de Combate" do título. Dar qualquer outro detalhe tiraria toda a graça de ver o filme e acompanhar a jornada da heroína.
          Bom, mas apesar do excelente trabalho na protagonista, temos outros personagens, como o par romântico Hugo (Keean Johnson), um pretenso bad boy que simplesmente não convence. No arco final do filme, temos uma sequência de cenas que fazem parecer que o diretor olhou pro relógio e viu que tinha que acabar o filme logo. E nesse ponto o tal Hugo decepciona nas cenas que deviam mais mexer com o público. E foi o suficiente para eu sair decepcionado e meio traído pelo filme. Talvez seja simplesmente a franca intenção do diretor de não concluir definitivamente a trama para criar sequências, mas simplesmente saí com essa impressão de que acompanhei uma boa e movimentada narrativa para ver um final fácil e forçado. Mas repito, o filme é bom e Alita merece ser vista e muito amada. Nota 3 de 5.