domingo, 30 de agosto de 2020

O Cavaleiro de Santiago - A Escrava de Córdoba | Resenha

 


          Sempre gostei de aventuras de cavaleiros "capa e espada" e fazia muito, muito tempo que eu não lia algo realmente bom nesse contexto. E vejam a surpresa, encontrei essa obra incrível de um autor nacional. O livro remonta ao ano de 994 na antiga Hispânia, que abrigava mouros e cristãos em seus conflitos. A pesquisa histórica do livro é impecável, mas o autor André Rosa nos presenteia com uma narrativa dinâmica que consegue nos levar àqueles tempos de forma imersiva e confortável. Na verdade, fica até difícil diferenciar o que é ficção do que é fato histórico.

          Em suas páginas acompanhamos a jornada heroica do jovem Henrique de Gures desde sua expulsão de casa, sua vida monástica e suas descobertas românticas e guerreiras até tornar-se um cavaleiro. Mas isso fala pouco sobre a obra. O diferencial é a profundidade com que os personagens foram construídos. Já nos capítulos iniciais nos surpreendemos a considerar os protagonistas como pessoas reais, com sentimentos reais e desventuras muito reais. É um daqueles livros em que você vai ficando triste de saudade dos personagens ao ver as páginas acabando.

          Tem uma coisa na obra que fica difícil descrever aqui. Dizer que o livro tem reviravoltas e não segue aquele caminho fácil que faz você já saber como vai acabar não faz justiça ao texto. É como se os personagens fossem pessoas mesmo, fazendo planos que nunca virarão realidade, enganando-se, julgando, errando e decidindo com as poucas informações que possuem. Vão entender do que falo quando lerem. Postem aí no blog se perceberam isso como eu.

          Bom, escrevo essa resenha no mesmo dia em que terminei a leitura e já advirto que o livro deixa um gancho para sua continuação. Advirto porque já fui na Amazon comprar o segundo! Um livro fantástico. Leva 5 e estou ansioso por começar a ler a sequência.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Frozen 2 | Crítica



          E 2019 sai e temos em 2020 a estreia de mais uma obra prima da Disney. E eu vou começar a crítica pelo único ponto fraco desta animação. Não temos uma nova "Let It Go", mas sim várias canções que se encaixam perfeitamente na trama. E que trama. Durante o filme até me perguntei se as crianças iam aproveitar o filme, que trata de amadurecimento, do passar do tempo e de aceitar mudanças. Elza e Ana sobem para outro patamar, deixando de vez sua dependência, mas mantendo o amor fraterno bem estabelecido no primeiro.


          O filme é um primor gráfico e a magia é retratada da forma mais bonita que já vi. Olaf agora é mais que um alívio cômico. Há uma cena em que ele resume o filme anterior que já é sozinha uma obra de arte da comédia. Há novos personagens, mas o núcleo principal permanece o mesmo. Algumas pontas soltas da primeira animação são explicadas e você entende de onde vieram os poderes quase divinos de Elsa e um pouco mais da origem e do destino de seus pais.


          Não vou descrever muito o filme, porque sei que quem viu o primeiro não vai cometer a loucura de perder essa continuação que é superior ao original. Para mim é a melhor animação da Disney até hoje e merece o Oscar de melhor filme. Leva 5 pontos de 5. Parabéns à toda a equipe, Frozen 2 é uma obra de arte e entretenimento.