quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Guerra ao crime

          Testando uma abordagem de emprego da Legião Estelar em ambientes urbanos, escrevi este pequeno texto. Como uma tropa militar seria recebida em outro mundo para intervir em seus assuntos internos? Imaginei que seria mais ou menos assim:


Guerra ao crime


          É noite. Noite de emboscada... Todos da equipe estão posicionados... Arthos está com a metralhadora na saída três, Mordarch está no telhado com o fuzil de precisão, Jina travestida como mendiga permanece jogada no chão da saída um, Miaro está na nave monitorando. Ele é nosso trunfo secreto para o caso de tudo dar errado. E eu... Eu estou aqui, atrás desse tonel guardando a saída mais provável. E enquanto eu fico aqui revendo a situação pela nona vez, Trídia vem a nosso encontro em seu papel de isca viva.
          A luz de aviso silencioso do meu comunicador acendeu a meio minuto, indicando que a Sargento-mor Trídia permanece sendo seguida e está a metros daqui. Após três semanas de difícil intervenção na cidade, finalmente vamos apanhar o canalha. Ele já somou seis mortes em série por aqui e a polícia local não nos facilitou nada. Nada! Trídia acredita até que eles sonegaram informações. Sei que a Legião normalmente não é bem-vinda em comunidades agrícolas... Mas tudo tem limite e vou investigar se essa suspeita é verdadeira... logo depois de finalmente apanhar o desgraçado!
          Hoje o jogo termina. Já o perseguimos a meses e esse já é o terceiro planeta em que o localizamos. Ao todo foram trinta assassinatos computados. Talvez tenham sido mais. Todas as vítimas eram fêmeas... “profissionais da noite”. Todas acuadas em locais ermos como este. Todas esfoladas e mortas... nesta ordem!
          O miserável morre hoje! E ai de quem me jogar na cara as regras “pacíficas” de captura da Legião Estelar. Hoje não saio daqui com um prisioneiro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário